PONTOS,REZAS E MILONGAS
É um trabalho musical no qual a cantora, Carolinne Caramão se apresenta ao público e vem mostrar importância da influência das matrizes africanas do sagrado e do sincretismo religioso que influencia a compositora e tantos outros colegas compositores gaúchos.
Este projeto nasce da necessidade de ampliarmos o olhar para a cultura regional no estado do Rio Grande do Sul, que com sua colonização e raízes culturais predominantemente europeias e patriarcais, acaba sendo visto como se a “cultura local fosse unicamente” aquela difundida por alguns movimentos culturais específicos, por isto este trabalho traz à luz também a presença da mulher e suas simbologias místicas com um repertório onde predomina a citação da presença das divindades femininas do panteão africano, bem como de figuras sincréticas como a citação da “Nossa Senhora do Rosário” cultuada na tradição do Maçambique e Nossa Senhora Aparecida, num samba-de-roda composto pela cantora bem como participações especialíssimas das Benzedeiras dona Zeli e Dona Ana Marisa que gravaram suas "rezas e benzeduras" mescladas às músicas...
O repertório é variado em ritmos, gêneros musicais e compositores.
Aqui estão as letras das músicas na ordem do cd:
1-PRETAS DA GUINÉ
(Marco Aurélio
Vasconselos)
Din
Din Batem na porta
Din
din vai ver quem é
São
as pretas que chegaram
Sete
flores no jardim
Sete
rosas em botão
São
as pretas que chegaram
Para
dar a proteção
Din
Din ...
Aprendi
a tocar viola,
Cedo
me fiz cantador
Pra
saudar Pai Oxalá
Que
é meu guia e protetor
Din
Din ...
Pra
completa proteção
Atirei
flores no mar
E
hoje faço a louvação
Pra
rainha Yemanjá
Din
Din...
Com
as pretas da Guiné
E
a Minha Mãe pra me valer
E
com meu Pai Oxalá
Não
há nada o que temer
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2 - O VEÍCULO QUE LEVA
(Mimmo
Ferreira / Carolinne Caramão / Beto Chedid)
Uma bela
canção é chama que não se apaga
O fogo que
ela carrega, não é fogo de palha
Sou
guardião de relíquias, um cantador na estrada
Reza que
espanta os males, água da fonte sagrada
Quem me
guia é arcanjo, é poeta e trovador
Violeiro,
caboclo, batuqueiro, sonhador
Sopra no
meu ouvido, versos que viram canção
Chaves que
abrem caminhos, celeiro da criação
MEU PAI ABENÇOA ESSE MEU CANTO
TUA LUZ ME CONDUZ A CADA DIA
QUE EU SEJA O VEÍCULO QUE LEVA
A PAZ O AMOR E A ALEGRIA, PAI.
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3 - SIÁ ANASTÁCIA, BENZEDEIRA
(Mário
Tressoldi e Wilson Tubino)
Hum!.. Hum!.. Hum!..
Dão!... Darão!... Dandão!...
Copo d’água, ramo verde, brasa acesa.
Pra todos males sempre tinha uma oração
Siá
Anastácia preta “veia” benzedeira
Curandeira
de renome no rincão
Pra tirar
o mau olhado até bicheira
Sempre
tinha, de memória, uma oração
Aprendera
com a avó esta ciência
Feiticeira
de um enorme coração
Pelas
preces não cobrava um só centavo
Pelas
curas não cobrou nenhum tostão.
Hum!.. Hum!.. Hum!..
Dão!... Darão!... Dandão!...
Copo d’água, ramo verde, brasa acesa.
Herdeira, viva, dessa antiga tradição.
Domingos e
dias santos não benzia
Com sol
posto não fazia as “oração”.
Foi assim
que ela aprendeu, desde menina,
E seguia,
sempre atenta, a vocação.
Bendizia
pra inveja e pro quebranto,
Dessa
gente nem sabia a procedência.
Siá
Anastácia era fonte de ternura
Sua vida
dedicou pr’esta ciência.
Hum!.. Hum!.. Hum!..
Dão!... Darão!... Dandão!...
...Copo d’água, ramo verde, brasa acesa.
Pelas curas não cobrou nenhum tostão
...Copo d’água, ramo verde, brasa acesa.
Herdeira, viva, dessa antiga tradição.
...Copo d’água, ramo verde, brasa acesa.
Pra todos males sempre tinha uma oração
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4- PONTOS,
REZAS E MILONGAS
(Mimmo Ferreira/Alexandre
Florez/Carolinne Caramão)
“CONGO VEM DE MINA” (Domínio Público)
Quem
canta um ponto acende uma vela
Luz
que lumia o mundo inteiro,
Afasta
o mal e tudo que não presta
Abre
os caminhos do caminheiro.
Quem
canta um ponto entoa uma prece
Faz
um pedido ao seu padroeiro
Quem
se encarrega com todo cuidado
É
o Orixá que é dono do terreiro (2x)
Quem canta um ponto entoa uma
reza,
Seja no asfalto ou no chão do terreiro,
Toco o Sopapo, o Santo se agrada
Com Pontos, Rezas,
Milongas...
(Toco o atabaque, o Santo se agrada
Com Pontos, Rezas,
Milongas...)
Congo
vem de Mina, Congo vem beirando o mar(2x)
Se
ele é de Congo deixa Congo girar(2x)
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5 - PAGANDO
PROMESSA
(Kako Xavier, Ivo Ladislau, Luiz Chaves Martinez)
MÃE DIVINA
(Carolinne Caramão)
Oh Senhora Mãe Divina
Feminina luz do amor
Abençoa o nosso canto
Que entregamos em louvor
Oh senhora do rosário
Faz tempo que eu tive aqui
Vim pagar uma promessa
Vim cantar Quicumbi
O tambor bate faceiro
Entra noite em cantoria
Reunir as irmandades
Foi promessa pra esse dia ôô
Foi promessa pra esse dia
Bem-te-vi cercadinho de pena (2x)
Formemo as asa voemo daqui (2x)
Aruê avoemo daqui (2x)
Com a nossa amizade
Cantar Quicumbi
Com a nossa amizade
Dançar Quicumbi
E pro ano que sabe
Voltamos pra festejar
Revivendo nossas raízes
Do outro lado desse mar
Quicumbi de lá
Maçambiqueiro daqui
Nessa Festa do Rosário
Vim cantar o Quicumbi
Quicumbi de lá
Maçambiqueiro daqui
Nessa Festa do Rosário
Vim dançar o Quicumbi
Bem-te-vi...
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6 - ANDARIÊ
(Carolinne Caramão)
MAÇAMBIQUE
(Vicente Barreto/Raul Ellwanger)
Andariê Andariê Andariá
O bater da jangada
Na beira da praia me ensina a cantar
Andariê, foi pra longe no mar
Mar de não mais se achar
Mar de não navegar
Andariá...no balanço das ondas
Vi dançando ciranda
Mãe Janaína a
cantar
Eu só queria ver teu barco voltar (2x)
Trazendo uma bênção do fundo do mar
Trazendo uma estrela a me presentear
Trazendo uma estrela do fundo do mar
Trazendo uma bênção a me presentear
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Salve o Maçambique, da praia do Sul
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Salve o Maçambique, da praia do Sul
Canela, caxixi, do negro azul
Salve tua gana, tua mão africana
Tamboreiro tamba, da gorrinha branca (2x)
Afro-brasileiro é o vosso império
Vosso Rei é Congo, na terra de Osório
Zumba na Tigüera, santa confraria
Gracias pela terra, pela luz do dia aiê
Salve o Maçambique...
Zumba na Tigüera, pela luz do dia
Gracias pela terra, santa confraria
Vossa mãe tão linda, salve a bandeira
Ó Rainha Ginga, Maçambiquiteira
- aiê
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7 - APARECIDA
(Carolinne
Caramão)
Apareceu
aparecida
Ao
pescador veio dar guarida
Enegreceu
Nossa Senhora
Brilhou
seu manto no romper da aurora
Trouxe
fartura ao pescador
Trouxe
alegria, paz e amor
E
neste canto quero te louvar
Vai
ter festa no rio, vai ter festa na terra e ter festa no mar
Força
nas mãos romeiro
Ergue
este andor
Nossa
Senhora
Merece
este amor
Com
tua fé
O
milagre se fez
E em
louvação
Canto
mais uma vez (Bis)
Bem
louvado louvei
Bem
dançado dancei
E na
roda cantei
Com
toda devoção
Padroeira!
Sempre
guiando o meu coração
Lalaiá
la la
Láláiá
láláiá(2x)
(Beto Bollo / Loma Pereira)
Homenagem
a Antonio Azevedo, artista plástico, da
Ilha Terceira Angra do Heroísmo
Quando
mama diz que é de África
Quando
mama fala, Mamakudilê
(Dança
Mamakudilê, canta Mamakudilê,
mama
chora a África) Bis
(Olorum Didê, Olorum Didê,
Mama chora a África) Bis
Quando a chuva alaga, alaga escorre o chão
É Borandá que estende a mão
Mamakudilê
ê (4X)
Mama kudila África
Sol
que racha mata a mata, areia o chão
A
Nigéria é grande a terra é pão
(Kilulo
didê , Aquinielê,
Mama
kudila África) BisReza na língua Yorùbá Autor: Ìdòwú Akínrúlí
Àfíríkà
Ilé bàbá mi, ilé màmá re,
Sèbí ilé ifẹ̀ ni ibùdó gbogbo wa
Àní e gbó o
Gbogbo àwa ọmọ odùduwà
Àwa ọmọ káàrọ̀ ojíre
Ti abá rin ìrìn ajò
Ẹjẹ ka padà si ilé
Torí ilé ni àbọ̀ simi oko
Ajò òlè dàbi ilé o.
Tradução:
África
É a casa do meu pai, a casa da minha mãe.
Sim Ilé ifẹ̀ é o origem de todos,
Escutem!!! Todos os filhos do Odùduwà,
O povo Yorùbá que está nesta jornada pelo mundo...
Devíamos voltar para casa, pois a nossa casa
é o lugar de descanso depois do trabalho na fazenda,
e a jornada nunca será ou parecerá como a nossa casa.
Àfíríkà
Ilé bàbá mi, ilé màmá re,
Sèbí ilé ifẹ̀ ni ibùdó gbogbo wa
Àní e gbó o
Gbogbo àwa ọmọ odùduwà
Àwa ọmọ káàrọ̀ ojíre
Ti abá rin ìrìn ajò
Ẹjẹ ka padà si ilé
Torí ilé ni àbọ̀ simi oko
Ajò òlè dàbi ilé o.
Tradução:
África
É a casa do meu pai, a casa da minha mãe.
Sim Ilé ifẹ̀ é o origem de todos,
Escutem!!! Todos os filhos do Odùduwà,
O povo Yorùbá que está nesta jornada pelo mundo...
Devíamos voltar para casa, pois a nossa casa
é o lugar de descanso depois do trabalho na fazenda,
e a jornada nunca será ou parecerá como a nossa casa.
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9 - VIDA DE REI
(Mateus Aleluia)
Mateus Aleluia: citações de nomes de etnias e saudações em idiomas
africanos
Filho de
rei....hum! Hum! Hum! Hum!
Eu sou o Ilé do
Malè (bis)
Esta gente sofrida unida,
alegria faz
Este povo cansado pisado,
esperança traz
Esta dança que danço, me dá,
forças viva para alentar,
A mensagem que trago em seu ser,
toda gana que tenho em viver;
Minha dança é de negro,
quero ver meu pé sangrar
Quebro meu cativeiro
com um canto que é milenar
Canto um canto de adoração,
canto um canto de meditação,
Canto um canto de libertação,
canto o canto das massas eu sei;
Ô - eu sou ilé do Malè
Ô - eu sou Ilé do
Malè
Filho de rei...Hum!
Hum! Hum!
Eu sou o Ilé do
Malè (2x)
Cante e dance meu povo
Que o mundo está pra mudar
A mudança é preciso
É tempo do REI reinar
Cante com peito e coração
Cante e faça cantar - multidão
Cante e dance seja onde for
Cante e faça como fez o avô
REFRÃO
Minha dança é de negro
Quero ver meu pé sangrar...
Ô - eu sou ilé do malè
Ô - eu sou ilé do malè
Filho de Rei......hum! Hum! Hum! Hum!
Eu sou o Ilé do Malè
Saravá , saravá, saravá
Yorùbá, Benim, Gana - ô, savará yé 4(X)
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(Carolinne
Caramão)
UERÊ....
No
meio da noite acordei
Com
o vento de Yansã a soprar
Infinito chororororô
Infinito chorororoá (2x)
É
a força da Mãe dos ventos
Junto
a força da Mãe do mar
Quebra forte a onda nas pedras
E a demanda eu quebro ao
cantar (2x)
Com
Xangô a justiça é feita,
Mal
olhado não vai me pegar
Em meu mundo Xangô é rei
Me abençoa junto a Oxalá (2x)
Ê
cirandeiro ê cirandá...
Este canto é um canto Santo
E esta dança é uma reza pra
Orixá (2x)
UERÊ....
No
meio da noite acordei
Com
o vento de Yansã a soprar
Infinito chororororô
Infinito chorororoá (2x)
Temporal,
vendaval, trovão
Raio
e chuva forte a dançar
Nesta dança de vento, eu vou
Minha mãe Yansã saudar (2x)
Yemanjá
fez um mar revolto
Pra
nas ondas o mal levar
E depois fez a calmaria
Pra sereia no mar cirandar (2x)
Ê
cirandeiro ê cirandá
Este canto é um canto Santo
E esta dança é uma reza pra
Orixá (2x)
UERÊ....
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11 - BENFAZEJA
(Carolinne Caramão e Alvaro Rosa Costa)
Benfazei-me ó água benta
Nas palavras do cantor
Nas palavras do poeta
Que transborda de amor,
Água benta esta canção
Feita toda de prazer
Feita toda de pureza
Pura voz e bem querer
Benfazei-me, ó água benta
Do principio até o fim
Benfazei aos meus amigos
E aos que mal sabem de mim
Derramai ó água santa
A doçura do perdão
Ensinai-me benzeduras
Abençoa minhas mãos
Só o amor
eu cantarei
Terra é Mãe,
Senhora e Raínha
Céu é Pai,
Senhor, nosso Rei
Terra é
Mãe, Senhora e Reina
Céu é Pai,
Senhor nosso Rei
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12 - MÃE PARTEIRA DA PRETA SENZALA
(Richard
Serraria/ Guilherme Schawalm)
O que hoje é asfalto
Antes foi chão batido
Antes houve grão perdido
Houve passos de gente
Houve grão e semente
Plantação, pão somente.
(Houve grão e semente
Coração, pão somente)
O que hoje é calçamento
Foi poeira em pensamento
Antes onde a vida insiste
Árvore nasce sobre a ponte
Sob a ponte àgua de ontem,
Um dia já foi fonte
O que hoje e “Redenção”,
Foi lama do “Dilúvio”
Barro berço e mortalha,
Mãe Preta nos tempos de várzea
Canela preta nos campos da várzea
Mãe parteira da preta senzala
Lá Vem...
Olha a rua subindo o morro, vem
Lá Vem...
Minha a rua subindo o morro, vem (2x)
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13 - SAMBA QUE NÃO TEM VIOLA (Samba-Chula)
(Poeta Bule Bule)
13 - SAMBA QUE NÃO TEM VIOLA (Samba-Chula)
(Poeta Bule Bule)
Samba que não tem viola
Não tem pandeiro e cachaça
Não é samba
É reunião de crente
sambador perto não passa
Nem pra ver
Pois o samba tem que ter
Viola para solar
Pandeiro pra acompanhar
E cachaça pra se beber
Aí é samba
Sambador tem que saber
Fazer segunda ao parceiro
A palma a cuia o pandeiro
Tem que aprender bater
Canta leve para o velho
Canta o moço com amor
Tendo estas qualidades
É sambador
A piega tem ser
Atendendo a umbigada
A voz é uma chamada
Avisando ao sambador
Não demore pra entrar
Entre mais saia ligeiro
Traga o próximo piegueiro
E desmanchar a anterior
Se
ver meu bem diga que estou bem,
Não
diga a ninguém
Que
me viu chorando por alguém
Que
ninguém quer bem
A
quem não tem ninguém
Eu
não tenho alguém ,
Mas
tô muito bem
Se
tô chorando
Não
é da conta de ninguém
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Venha seu mestre chula
Ai seu chuliador
E dê uma paradinha
Para o tocador
Venha seu mestre chula
Ai que chulia bem
E dê uma paradinha
Para mim também
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14 - PRESENTE PRA YEMANJÁ (Carolinne Caramão)
Levar meus presentes pra Mãe
Iemanjá
Meu barco é pequeno, mas cheio de
bênçãos
Tem a proteção da Rainha do Mar (2X)
Sereia, sereia, que lindos
presentes venho lhe ofertar
Sereia, sereia, e tenho certeza
que vai agradar (2X)
Mandei
meu barquinho lá pro fundo do mar
Pedi
pra sereia pra bem longe levar
Levar toda ânsia de te encontrar (2X)
Lá no fundo do mar eu vou... (2X)
Ô sereia, venha pra beira do Mar
Ô sereia, venha pra beira do Mar (2X)
Mãe
D’água rejeita o pedido
Daquele
que o amor quer comprar
Mãe
D’água só concede bênçãos
Pra
aquele que sabe se dar
A
força do mar é tão grande,
Mas
o homem não sabe buscar
A
onda que quebra na areia,
Revela
os mistérios do mar
Sereia, sereia, que lindos
presentes venho lhe ofertar
Sereia, sereia, e tenho certeza
que vai agradar (2X)
Ô sereia, venha pra beira do Mar
Ô sereia, venha pra beira do Mar (4X)
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15 - DOCE IABÁ
(Mimmo
Ferreira, Beto Chedid e Carolinne Caramão)
Não
foi nem por um instante sequer
Que
em minha vida não precisei da tua mão
Por
isso canto à ti, senhora d´água doce
É
rio, é mãe, bendita proteção
Linda
Deusa das contas de ouro
Teu
espelho afasta o mal
(Desce
com teu axé, ó minha doce Iabá
E
abençoa os teus filhos de fé) 2x
Água
pra nascer
Mãe
do Reino de Ijexá
Chame
para dar a luz
Ora
iê ieô
Água
pra benzer
Água
para o mal lavar
Salve
a Deusa do amor
Ora
iê ieô,Ora iê ieô
Ora
iê ieô, Ora iê ieô
Linda
Deusa...
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Poesia- Luzeiro das Parideiras
(Mimmo
Ferreira)
Senhora mãe da doçura
Vaidosa beleza dourada
Teu colo é o leito dos rios
Tua voz, cachoeira encantada
Luzeiro das parideiras
Mansidão, êxtase e poesia
Cuidai dos nossos Erês
Desde o ventre, noite e dia
Senhora da Conceição
Ouro, jóias, rosa amarela
Teus filhos, tua maior riqueza
Das Iabás, és a mais bela
E quando te chamam cá na terra
Em barracos, palácios, ao relento
Derramas bênçãos e abraços
Não há no mundo melhor
alento
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